Energia Solar Fotovoltaica: Impactos Ambientais

Painéis Solares em dia ensolarado
Antes de falar sobre os impactos ambientais da energia fotovoltaica, é importante entender porque este assunto é tão relevante na atualidade.

A preocupação com o meio ambiente é hoje um dos principais tópicos não só entre a população em geral, mas também entre os maiores líderes do mundo.

No geral, a discussão tem como foco o estudo dos impactos causados pelos humanos durante o passar do tempo e como a geração de energia pode se tornar mais limpa.

O principal objetivo é evitar o avanço do efeito estufa, causado pela emissão de gases poluentes, comumente emitidos por outras fontes de energia provindas de combustíveis fósseis, como o carvão e a enegia nuclear.

COP-26: A energia solar em destaque

na vigésima sexta Conferência Nacional do Clima, realizada em 2021, entidades indicam que a geração de energia solar poderia representar um terço da matriz energética do Brasil até 2050.

Não é novidade que a energia solar tem se destacado cada vez mais. Só no Brasil, ela está presente nos principais Estados das cinco regiões.

Esta é, por sua vez, uma ótima notícia para aqueles que se preocupam em deixar de utilizar energias não renováveis para apostar hoje e no futuro em energias renováveis.

Atualmente, há duas formas de transformar os raios solares em energia.

Raios Solares

São elas a térmica (ou fototérmica), comumente utilizada para aquecer outro meio, como a água, através do calor emitido pelo sol. E a fotovoltaica, que pode ser produzida em pequenas escalas, por exemplo, no teto de residências, ou em grandes escalas, como em indústrias – formato predominante no mundo.

No Brasil, são 205 megawatts instalados em 73 usinas fotovoltaicas contratadas em leilão, como aponta a ABSOLAR. o que reforça a capacidade do país de produzir e se autossustentar a partir desse processo.

Para falar do que interessa, neste artigo você irá descobrir porque a energia solar fotovoltaica é importante, como ela pode impactar o meio ambiente, o que é o Ciclo da Vida e como bônus, um resumo de como esta energia renovável, limpa e inesgotável é produzida e utilizada.

Por que a energia solar fotovoltaica é importante para o meio ambiente?

Como comentado acima, a energia solar é extremamente importante para o meio ambiente por um só motivo: esta é uma energia limpa, totalmente renovável e infinita.

De acordo com a ABSOLAR, o Brasil já deixou de emitir pelo menos 29 milhões de toneladas de gás carbônico desde 2012 devido a alta geração de energia elétrica através da luz do sol.

Essa característica faz com que muitas indústrias estejam adotando o uso de placas solares para produzir sua própria energia.

O que além de ser importante para a preservação ambiental, se adequa aos termos do ESG.

Esta é uma sigla em que milhares de empresários têm se familiarizado e utilizado em seus negócios para demonstrar maior interesse entre o ambiente, a sociedade e a governança.

O próprio fato desta energia vir da luz solar, já deixa bem claro o quão relevante é na atualidade.

A fonte para a energia solar faz com que ela seja econômica, e ainda, traga poucos impactos ambientais, os quais veremos um pouco mais a frente.

Vantagens do uso de placas para a produção de energia solar

  • Reduz em até 90% os gastos com energia elétrica comum
  • Quanto a especulação imobiliária, há uma valorização de 6%
  • A energia solar é limpa, silenciosa, simples e infinita
  • O investimento com os painéis solares é recuperado em até 5 anos

Quais são os principais impactos ambientais da energia solar fotovoltaica?

Segundo a resolução da CONAMA 001/86, impacto ambiental refere-se a qualquer alteração das propriedades do meio ambiente, sejam elas físicas, químicas ou biológicas.

Porém, o impacto é considerado apenas se for resultado da ação humana e, direta ou indiretamente, afetar a saúde, a segurança e o bem-estar da população, além de atividades sociais econômicas, condições estéticas e sanitárias do meio ambiente, a qualidade dos recursos naturais e outras características.

Dito isso, se avaliarmos o impacto de todas as energias renováveis existentes na atualidade, como a hidrelétrica (a principal fonte de energia elétrica do Brasil), a energia solar é a que menos traz impactos ao meio ambiente, já que sua energia é transformada por meio da conversão dos raios solares ultravioleta.

Vale ressaltar que um estudo recente revelou que a construção das usinas hidrelétricas, causam grandes impactos ambientais nas vegetações submersas, inclusive gerando a emissão de metano, gás carbônico e óxido nitroso, responsáveis pelo aumento do efeito estufa.

Portanto, é de conhecimento geral que não há no planeta uma energia que não polua de alguma forma o meio ambiente, mas os impactos gerados pela produção de energia solar fotovoltaíca são mínimos, quando avaliados.

O que acontece, na maioria dos casos, é a mudança de grau desse impacto, como é o caso da energia solar.

Neste caso, pode-se destacar as consequências trazidas pela produção de painéis em usinas fotovoltaicas, às usinas fotovoltaicas e os descartes realizados durante esse processo.

Para entender melhor como isso funciona, é preciso conhecer o Ciclo de Vida.

O que é Avaliação do Ciclo de Vida (ACV)?

Para serem capazes de mensurar em termos quantitativos os impactos ambientais causados pelas diferentes produções, os especialistas criaram uma espécie de mensuração em relação à capacidade poluente de um certo produto ou serviço, sejam eles positivos ou negativos.

Em outras palavras, a ACV mensura, em cada etapa de produção e uso, o quanto este produto ou serviço pode ferir o meio ambiente em diversos aspectos.

No caso das inúmeras formas de produzir energia elétrica, não foi diferente.

O ciclo de vida avalia “do berço até o túmulo”, todas as etapas de produção até o consumo final e possível reuso no futuro.

Além disso, serve para indicar quais possíveis melhorias podem ser feitas para evitar os impactos ambientais da energia em si, aponta possíveis políticas públicas a serem adotadas, e como pode ser feita a gestão dos impactos ambientais.

Com a energia solar fotovoltaica, constatou-se que a vida útil de um painel solar, principal aparelho semicondutor utilizado para a produção de energia, varia entre 25 a 30 anos, mas os materiais podem ser descartados muito antes disso.

Impactos ambientais no processo de fabricação dos painéis solares

Os painéis fotovoltaicos utilizados na produção de energia solar são, em sua maioria, de silício. Este fato implica na necessidade de mineração, o que inicialmente pode causar contaminação nas águas ao redor, remoção da cobertura vegetal, alteração em habitats, e outros.

Quando prontos, os destinos desses produtos se definem em duas categorias: GD – Geração distribuída (para instalação em telhados) e GC – Geração Centralizada (usinas solares).

O grande problema está nesta última categoria.

Seja importando os painéis solares ou fabricando-os aqui no Brasil, a construção de usinas solares carece de grandes espaços, o que nos remete aos impactos ambientais citados anteriormente:

No meio biótico, ocorrem grandes retiradas de vegetação, expulsão de animais de seus habitats, já no meio físico, há a degradação da paisagem, intensificação de processos erosivos, entre outros.

As placas são responsáveis por 85% do consumo de energia nos processos de fabricação da energia solar.

Por esse motivo, considera-se que em 1,5 a 2,5 anos a placa fotovoltaica é capaz de produzir a mesma quantidade de energia que consome em sua produção.

Quando ele atinge o seu objetivo, a tendência é que seus usuários realizem o descarte de qualquer forma, ignorando a importância de se reciclar a matéria prima utilizada na produção das placas.

A Reciclagem dos Painéis fotovoltaicos

Ecologia Fotovoltaica

Sempre que possível, recomenda-se o uso e abuso da reciclagem, principalmente para diminuir impactos ambientais.

E isso não vale apenas para energia!

Deve ser uma lição de vida, retornar aos ensinamentos do fundamental e adotar como estilo os três R’s.

Com os painéis fotovoltaicos, isso é ainda mais imprescindível. Isso porque, além de possuírem matérias-primas de alto valor, como prata, vidro e outros materiais importantes, os estudos apontam que quase 100% dos materiais utilizados em sua produção podem ser reutilizados.

De acordo com a Agência Internacional de Energias Renováveis (IRENA), o acúmulo de equipamentos fotovoltaicos no mundo inteiro pode chegar a mais de 80 milhões de toneladas até 2050.

Se, outrora, esses resíduos fossem reciclados e inseridos à cadeia de produção, seria possível recuperar até mais do que 15 bilhões de dólares.

Reciclar não faz só bem ao meio ambiente e a redução de impactos ambientais. Este ato é extremamente relevante para a economia!

Para o maior portal ligado a pesquisas de mercado, o Research and Markets, até o final de 2025 a reciclagem mundial destes produtos levará a uma receita de US $384,4 milhões.

Esta é uma ótima vantagem para o Brasil, que tem grande potencial com esta “nova” fonte de energia.

Como a energia solar fotovoltaica pode ajudar a reduzir o impacto ambiental?

A sociedade está pagando um alto preço pela depredação do meio ambiente. Utilizar recursos como a energia solar, independente da escala, é um dos muitos passos a serem tomados para um futuro melhor e mais sustentável.

É a partir de novas e mais conscientes que os impactos ambientais serão cada vez mais diminuídos.

A energia fotovoltaica pode ajudar nos impactos ambientais da energia, simplesmente pelo fato de ter baixos impactos ambientais.

Além, é claro, de ser uma opção cada vez mais viável para reduzir drasticamente o uso de fontes de energia não renováveis, como a energia nuclear.

Além disso, apesar de haver seus pontos negativos, este tipo de geração de energia é a que menos prejudica o planeta atualmente.

Com o descarte correto, equipamentos de qualidade e uma fabricação consciente, é possível evitar a emissão de gases.

Como funciona a captação da energia solar: resumo

Armazenamento fotovoltaico

A energia solar fotovoltaica é uma forma de geração de energia livre de impactos ambientais. Ou seja, é uma fonte de energia que não emite gases poluentes, nem mesmo contribui para o aumento do efeito estufa.

Esta é, como já dissemos, mesmo com seus percalços em relação a usina solar, uma energia limpa, infinita e sustentável.

Em resumo, a energia solar é obtida por meio da conversão de luz em eletricidade. Isso é, cria-se um efeito fotovoltaico a partir de dispositivos semicondutores, conhecidos como células fotovoltaicas.

Para entender melhor, vamos discorrer um pouco mais sobre o assunto:

A energia fotovoltaica utiliza como recurso para a geração de eletricidade o tetracloreto de silício, principal matéria prima das placas solares.

Junto a outras matérias orgânicas encontradas na natureza, como vidro (areia), prata, e alguns elementos químicos, há a confecção dessas placas.

Os equipamentos para a fabricação de um sistema solar fotovoltaico podem ser tanto importados, quanto nacionais, e servem para captar as células solares emitidas por meio dos raios ultravioletas.

Montado todo o sistema, há a conversão da luz solar em energia por meio do conhecido efeito fotovoltaico, que é quando a luz solar colide com os átomos presentes no painel solar, movimentando assim os elétrons presentes nos materiais e criando uma corrente elétrica, que fica armazenada no inversor solar, que transforma essa corrente em baixa tensão em caso de uso doméstico.

Conclusão

Painel Solar 3d

Seja para uso residencial ou não, esta é uma das principais sacadas da atualidade para evitar o crescimento do efeito estufa. Por esse motivo, é essencial que este recurso seja utilizado da maneira correta, desde a fabricação até a instalação, além, é claro, do descarte.

Para evitar que as placas solares tragam ainda mais impactos a sociedade, é imprescindível que haja a criação de novas políticas públicas de incentivo a reciclagem.

Este item, por si só, é quase obrigatório quando se fala em diminuir a poluição. Portanto, é preciso ir além do ocorrido em 2016, quando houve a criação do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), que prevê o investimento de R$ 7,2 bilhões em fontes alternativas, como a energia solar.

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